segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VIOLÊNCIA VIRTUAL


É consenso que vivemos num mundo violento.
Basta ligarmos a televisão, o radinho do carro, ou abrirmos um jornal, e já nos deparamos com uma avalanche de notícias violentas que em última análise expressam a tensão da sociedade em que vivemos.
E não faltam tentativas de explicações para a epidemia das violências:
Falta de investimento em educação, em políticas sociais, desagregação das famílias, drogas, falta de Deus.
Mas o fato é que o mundo evoluiu, se é que podemos falar em "evolução", e a violência chegou aos computadores.
Não faz muito tempo, lia que a Justiça já se colocava para analisar e regulamentar , através das leis, os crimes pela INTERNET.
E mais recentemente ainda me chegou a informação via mídia sobre "CYBERBULLYING",(não sabia do que se tratava) que espantosamente trata-se de "infrações" cometidas por menores, nas quais outras pessoas , inclusive pessoas amigas, são expostas pela "turma", à situações constrangedoras, de forte humilhação, via divulgação de filmes pela internet.
A nós que somos pais...é de espantar tal ocorrência.
Às vezes nos custa entendermos certos comportamentos, mas é justamente na adolescência que certas crueldades via desvio de comportamentos começam a se manifestar.
A tal da "turma" tem um poder fortemente determinante ou modulador nos comportamentos coletivos, e na tentativa de se aclamarem "líderes", certos adolescentes enveredam pelo caminho da violência, e as drogas funcionam muitas vezes como catalizadores num terreno biológico susceptível entre tantos fatores sociais deflagadores.
E muitas das agressões são veladas, colocadas no subliminar das convivências, pricipalmente se nossos filhos compõem o grupo dos considerados "diferentes", pelo próprio ambiente escolar, tornando-se reféns de tristes situações.
Há que se resgatar urgentemente o respeito pelo outro e tal processo se inicia dentro dos lares.
Pais e professores devem estar juntos e atentos.
É na escola que, se considerarmos o número de horas diárias que nossos filhos passam por lá, situações sérias podem estar ocorrendo sem que sejam devidamente percebidas e trabalhadas.
Violência e crueldade existe entre crianças e adolescentes, embora nos seja difícil acreditar na possibilidade...e atentem, em todas as classes sociais.
E com o advento da internet propaga-se pelo mundo em frações de segundos, fugindo do controle das nossas mãos.
Cabe a nós observarmos o nosso entorno.
Embora virtual...a mais real e instantãnea das violências mundanas.Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullyng ainda mais perverso.Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.
Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes pervesões.Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições". E não perdoam nada.
Este tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum.Na comparação com o bullyng tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro.
O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia- até para conceder entrevistas, como fez Ana, 13 anoa, que contou sua história para esta reportagem via MSN( progama de troca de mensagens instantâneas). Ela já era perseguida na escola, e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet.
A terceira principal marca do cyberbullying é a possibilidade de o agressor agir na sombra. Ele pode criar um perfil falso no Orkut ou uma conta fictícia de e-mail para mandar seus recados maldosos e desaforados. Paulo, 19 anos, teve sua foto publicada sem autorização na internet durante três anos.Ele nunca conseguiu descobrir quem eram seus algozes.

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