terça-feira, 31 de agosto de 2010

 Bullying Virtual






















Essa agressão ou humilhação que muitos adolescentes e jovens vêm sofrendo através da internet é chamando de Bullying virtual ou Cyberbullying.
O cyberbullying é derivado daquele bullying, que consiste no insulto e na humilhação que crianças e adolescentes sofrem em ambientes como a escola. 
Os ataques do bullying virtual geralmente acontecem em sites como Orkut, Youtube, Blogs, Messenger e outros. Isso acontece principalmente porque os praticantes das agressões virtuais têm a falsa sensação de anonimato através das mensagens eletrônicas. Segundo a psicóloga Fabiana Maiorino, do Departamento de Psicologia e Informática do Conselho Federal Psicologia (CFP), a falta de escrúpulos digitais é reflexo da sociedade. Além disso, na adolescência, a impulsividade e a intolerância com o diferente se tornam uma espécie de violência irresistível, e agora, para isso, basta um clique no mouse. Por isso, questões de ética e responsabilidade são assuntos que devem ser discutidos entre pais e filhos, aplicando-se tanto na vida real quanto na vida virtual.
As pessoas que sofrem com esses tipos de ataque, acabam tento conseqüências psicológicas e sociais que podem ser gravíssimas. Problemas como ansiedade, baixa auto-estima e depressão podem ser desencadeadas pelas vítimas do cyberbullying. Geralmente, essas pessoas começam a ter suas relações sociais prejudicadas, devido à insegurança e à sensação de diminuição que essas humilhações podem causar.
 Os pais devem estar alerta a qualquer sinal de mudança brusca no comportamento seus filhos. Os jovens que sofrem com esse tipo de agressão não devem temer algo ao relatar aos pais o que está acontecendo, porque isso será fundamental para tomar as devidas providências e ter todo apoio necessário neste momento. Além de ficarem atentos ao comportamento, os pais devem prestar atenção na forma como seus filhos usam o computador e ainda dialogar sobre o uso responsável das tecnologias de comunicação e informação.
O bullying virtual é tão ou mais preocupante que aquele que acontece nas escolas, e realmente deve ser combatido. É necessário impor limites a estes jovens, para diminuir o número de vítimas dessas agressões. As diferenças as escolhas pessoais de cada um devem ser respeitadas, porque apenas assim é possível constituir uma sociedade livre e sadia.
 
Bullying Nas Escolas

O bullying é caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetitivas ocorridas nas escolas, no trabalho, nas universidades, entre vizinhos e em diversos outros lugares. Esse comportamento se expressa de formas variadas, entretanto as mais comuns são: colocar apelidos, zombar, bater e discriminar as pessoas que se encontram em algum estado que expresse inferioridade, tanto física como mental. Embora seja um comportamento aparentemente comum, as informações sobre o assunto são escassas. Essa prática atinge aproximadamente 50% dos estudantes de ensino fundamental no Brasil, dados que englobam agressores, vítimas ou ambas as partes. Pesquisas revelaram que 5.482 alunos entre 5ª a 8ª séries de 11 escolas do Rio de Janeiro, mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying. (IBOPE, 2007).
As conseqüências geradas pelo bullying são observadas tanto no agressor, que se torna uma pessoa violenta com atitudes delinqüentes na sociedade, quanto na vítima, que pode se tornar uma pessoa recuada e com dificuldades de socialização, ao ainda tornar-se um usuário de drogas. Observa-se também o desenvolvimento de sintomas psicopatológicos – distúrbios decorrentes na psique que são refletidos no corpo – como depressão, perda da alta-estima e estresse .
O sintoma psicopatológico mais comum observado é o desenvolvimento da depressão, que bioquimicamente pode ser explicado pela redução da atividade das monoaminas (noradrenalina e dopamina) e da serotonina (5-HT) em seus receptores neurais específicos. A dopamina, principal monoamina envolvida na depressão, é responsável pelas sensações de prazer e bem-estar, sua produção inicia-se quando o organismo sofre estímulos positivos, logo após a produção ela é liberada e age nos receptores dopaminérgicos (sinapse), as moléculas de dopamina são levadas até o córtex cerebral onde os impulsos elétricos são transformados em sensação de bem-estar.
Esse estado de depressão é pronunciado principalmente na fase de infância e adolescência, muitas fezes a vítima oculta a situação para pais e/ou responsáveis, é importante que a escola observe os comportamentos e se pronuncie diante de tal situação. A consciência das instituições escolares a respeito da existência do bullying já é um grande passo para que professores e psicólogos possam lidar com essa situação de uma forma específica. Esse comportamento não pode ser interpretado como uma fase de desenvolvimento dos alunos deve-se discutir como solucionar tal problema e quais são as medidas mais interessantes. É importante também, que haja um trabalho de conscientização de pais e alunos, onde seja relatado as conseqüências provocadas pelo bullying, essa conscientização pode ser feita a partir de grupos de palestras com psicólogos e gincanas educativas.
O papel do psicólogo é diagnosticar os casos e trabalhar os envolvidos chamando atenção de que o quão melhor será se entre os alunos houver uma socialização respeitosa, pois essa atitude agressiva pode esmagar os sentimentos e marcar para sempre a vida de uma pessoa.

Tipos de bullying

 


Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:

  • Insutar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada.
  • Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
  • Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os
  • Espalhar rumores negativos sobre a vítima.
  • Depreciar a vítima sem qualquer motivo.
  • Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir as ordens.
  • Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully.
  • Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade bully tenha tomado ciência. ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o
  • Isolamento social da vítima.
  • Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc).
  • Chantagem.
  • Expressões ameaçadoras.
  • Grafitagem depreciativa.
  • Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com freqüência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
  • Fazer que a vitima passe vergonha na frente de varias pessoas.






segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VIOLÊNCIA VIRTUAL


É consenso que vivemos num mundo violento.
Basta ligarmos a televisão, o radinho do carro, ou abrirmos um jornal, e já nos deparamos com uma avalanche de notícias violentas que em última análise expressam a tensão da sociedade em que vivemos.
E não faltam tentativas de explicações para a epidemia das violências:
Falta de investimento em educação, em políticas sociais, desagregação das famílias, drogas, falta de Deus.
Mas o fato é que o mundo evoluiu, se é que podemos falar em "evolução", e a violência chegou aos computadores.
Não faz muito tempo, lia que a Justiça já se colocava para analisar e regulamentar , através das leis, os crimes pela INTERNET.
E mais recentemente ainda me chegou a informação via mídia sobre "CYBERBULLYING",(não sabia do que se tratava) que espantosamente trata-se de "infrações" cometidas por menores, nas quais outras pessoas , inclusive pessoas amigas, são expostas pela "turma", à situações constrangedoras, de forte humilhação, via divulgação de filmes pela internet.
A nós que somos pais...é de espantar tal ocorrência.
Às vezes nos custa entendermos certos comportamentos, mas é justamente na adolescência que certas crueldades via desvio de comportamentos começam a se manifestar.
A tal da "turma" tem um poder fortemente determinante ou modulador nos comportamentos coletivos, e na tentativa de se aclamarem "líderes", certos adolescentes enveredam pelo caminho da violência, e as drogas funcionam muitas vezes como catalizadores num terreno biológico susceptível entre tantos fatores sociais deflagadores.
E muitas das agressões são veladas, colocadas no subliminar das convivências, pricipalmente se nossos filhos compõem o grupo dos considerados "diferentes", pelo próprio ambiente escolar, tornando-se reféns de tristes situações.
Há que se resgatar urgentemente o respeito pelo outro e tal processo se inicia dentro dos lares.
Pais e professores devem estar juntos e atentos.
É na escola que, se considerarmos o número de horas diárias que nossos filhos passam por lá, situações sérias podem estar ocorrendo sem que sejam devidamente percebidas e trabalhadas.
Violência e crueldade existe entre crianças e adolescentes, embora nos seja difícil acreditar na possibilidade...e atentem, em todas as classes sociais.
E com o advento da internet propaga-se pelo mundo em frações de segundos, fugindo do controle das nossas mãos.
Cabe a nós observarmos o nosso entorno.
Embora virtual...a mais real e instantãnea das violências mundanas.Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullyng ainda mais perverso.Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.
Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes pervesões.Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições". E não perdoam nada.
Este tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum.Na comparação com o bullyng tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro.
O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia- até para conceder entrevistas, como fez Ana, 13 anoa, que contou sua história para esta reportagem via MSN( progama de troca de mensagens instantâneas). Ela já era perseguida na escola, e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet.
A terceira principal marca do cyberbullying é a possibilidade de o agressor agir na sombra. Ele pode criar um perfil falso no Orkut ou uma conta fictícia de e-mail para mandar seus recados maldosos e desaforados. Paulo, 19 anos, teve sua foto publicada sem autorização na internet durante três anos.Ele nunca conseguiu descobrir quem eram seus algozes.